MEC e Defesa devem levar ensino a regiões de fronteira

Levar educação para regiões de fronteira e de difícil acesso é o objetivo do protocolo de intenções assinado na tarde dessa quarta-feira, em Brasília, pelos ministros da Educação, Tarso Genro, da Defesa, José Alencar, e pelos comandantes do Exército, general Francisco Albuquerque e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro-do-ar, Luiz Carlos Bueno. Regiões do Norte, Noroeste, interior do Centro-Oeste e a região amazônica são as áreas de prioridade do protocolo.

Para José Alencar, a iniciativa deve aproximar o trabalho do MEC das regiões "desassistidas" do Brasil. "Levar educação, alfabetização e preparação a essa distância, isso só se faz pela presença das Forças Armadas. Essa ação é um importante instrumento social porque é distribuição de renda feita da forma mais legítima: a educação".

O protocolo prevê cursos de educação presencial, formação de professores, ensino à distância com orientação de monitores e entrega de material didático. "O objetivo é levar a estrutura educacional nacional para regiões praticamente abandonadas.", afirmou Tarso.

A Aeronáutica e o Exército, por sua vez, darão apoio logístico para a distribuição de material, além de realizar um mapeamento das "necessidades educacionais". Para o ministro da Educação, as ações só poderão ser implementadas se contarem com o apoio das Forças Armadas. "Cada uma das secretarias que nós temos desenvolverá um programa em parceria com o Exército, com a Aeronáutica ou com ambos. O termo de cooperação é amplo e exige de nós uma relação horizontal muito forte entre as secretarias, cujos desdobramentos só serão possíveis com o apoio das Forças Armadas".

Os cursos utilizarão escolas municipais e oficinas do Exército, onde serão montadas escolas chão de fábrica. Segundo Tarso Genro, não serão necessários recursos extras para a implementação do projeto. "Os valores de investimento sairão dos projetos em andamento. Para alfabetização, por exemplo, nós temos planejado para 2005, 2,2 milhões de alfabetizandos. Nós já temos recursos para isso", afirmou. "Esses são projetos já existentes, que serão expandidos para o que chamamos de Brasil profundo".

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