Nos últimos dias, mais de 150 pedidos de abertura de novos cursos e universidades foram apresentados ao Ministério da Educação (MEC), segundo o secretário de Ensino Superior, Nelson Maculan.
Para atender a demanda de ampliação do sistema universitário, Maculan afirmou que o governo tem buscado diversas alternativas, como a transformação de campus universitário em universidade e o desmembramento de uma instituição em duas, além da ampliação do ensino noturno. A expansão do ensino superior é uma das metas da reforma universitária que será apresentada hoje (29).
Segundo Maculan, 13 novos campi foram criados e mais 20 novas extensões de universidades federais devem ser criadas em 2006. Dessas instituições, apenas quatro podem ser consideradas novas universidades federais ? do Pampa, do Grande ABC, do Vale do São Francisco e de Tocantins.
O restante foi criado a partir de instituições já existentes, como é o caso dos municípios de Palmeira das Missões e Frederico Westphalen (RS) que ganharam, nesta quinta-feira, um campus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Uma das formas de fazer essa ampliação é o desmembramento de uma universidade em duas. A Universidade Federal do Recôncavo Baiano, por exemplo, será criada a partir da Universidade Federal da Bahia e a Universidade Federal da Grande Dourados a partir da Fundação Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.
Segundo Maculan, novas universidades também têm sido criadas a partir de faculdades. A vantagem, nesse caso, é a autonomia que a instituição passa a ter. "A universidade pode criar cursos sem precisar da autorização do Ministério da Educação. O ministério apenas reconhece mais tarde esses cursos", exemplificou o secretário.
O projeto do MEC para ampliação do acesso ao ensino superior prevê a criação de cerca de 760 mil novas vagas, até 2008. Essa meta inclui as vagas geradas pelo Programa Universidade para Todos (ProUni), a criação de três novas universidades e a expansão de 31 campi em todo o país.