MEC abre terceira etapa de inscrições para o ProUni

Dois dos cursos superiores mais caros e concorridos no País, Medicina e Odontologia, já não têm mais vagas disponíveis no programa Universidade para Todos (ProUni). Tanto as bolsas integrais quanto as parciais já foram preenchidas nas duas primeiras etapas de seleção. Direito e Engenharia, outros dois cursos bastante concorridos, também estão com quase todas as vagas ocupadas, mas ainda tem alguns lugares sendo oferecidos na terceira etapa de inscrições, que abriu hoje. Já nos cursos de licenciatura, para formação de professores, ainda existem mais de 5 mil bolsas disponíveis.

Nessa etapa apenas estudantes afrodescendentes têm condições de encontrar uma vaga para Medicina ou Odontologia, mas são poucas. Para Medicina, restam ainda oito bolsas integrais e 54 parciais no sistema de cotas. Em Odontologia, são quatro integrais e 49 parciais. Nos demais cursos, no entanto, ainda há um número significativo de bolsas.

São 16,6 mil, sendo que 12,8 mil são destinadas a afrodescendentes e indígenas.

Em três Estados – Acre, Alagoas e Roraima – já não existem mais bolsas integrais em qualquer curso, tanto no sistema de cotas quanto fora dele. Em Roraima também já não há mais bolsas parciais. Em São Paulo, 98% das bolsas integrais e 90 % das parciais já estão preenchidas, mas sobraram 11% das integrais e 52% das parciais no sistema de cotas.

O Ministério da Educação divulgou hoje que, apesar da nota mínima no Exame Nacional do Ensino Médio exigida ser 45 pontos, a média dos estudantes classificados é bem mais alta, 61 30. Isso demonstraria, de acordo com o ministro da Educação, Tarso Genro, que a nota é realmente o que eliminou a maior parte dos candidatos inscritos nas duas primeiras etapas.

Boa parte das vagas ainda disponíveis estão concentradas nos cursos de licenciatura. Em todo o País, são 5.079 bolsas para cursos que formam professores nas diversas áreas, incluindo Pedagogia. Apenas no Acre, Alagoas e Sergipe não tem mais nenhum tipo de bolsa disponível. Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul são os Estados com mais bolsas nessas áreas.

O ministério já estuda o que fazer caso as 16,6 mil vagas não sejam preenchidas mesmo com essa terceira seleção. "A lei nos autoriza a tomar as medidas necessárias. Não vamos permitir vagas não preenchidas", disse o ministro. Uma das alternativas é deixar de usar o Enem em uma quarta seleção, analisando as notas do candidato durante o ensino médio.

A terceira etapa de seleção segue os mesmos critérios das anteriores. É preciso que o candidato tenha feito pelo menos 45 pontos em um dos três últimos Enem, além de estar dentro dos critérios de renda e ter cursado o ensino médio em escola pública ou ser professor de escola pública. Pessoas que se encaixam nos critérios e já estão cursando o ensino superior também podem se candidatar. Nesse caso, recebem a bolsa pelos tempo que falta para terminar o curso.

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