Mato Grosso do Sul registra quase 13 mil casos de dengue em janeiro

Com quase 13 mil casos confirmados nas primeiras semanas do ano, Mato Grosso do Sul enfrenta a pior epidemia de dengue no País. O número de doentes nas últimas semanas é muito próximo do registrado no Estado entre janeiro e novembro do ano passado, cerca de 15 mil.

A situação é tão alarmante que o ministro da Saúde, Agenor Álvares, viajará amanhã ao Estado para se reunir com o governador e com os prefeitos das cidades mais afetadas pela dengue. Serão discutidas formas de impedir o avanço da epidemia.

Aquidauana, na região do Pantanal, registrou 1.167 casos positivos e lidera a lista de infecções proporcionais – 1 caso para 35,9 habitantes. Na capital, Campo Grande, o último levantamento apontou 7.818 doentes – 1 caso para 95,9 habitantes. ?Todos os dias recebemos notificações?, diz o superintendente de Epidemiologia do Estado, Eugênio Oliveira Martins de Barros.

O maior risco está na dengue hemorrágica, que neste mês já matou duas pessoas no interior de Mato Grosso do Sul: uma mulher de 36 anos, em Aquidauana, e um homem de 50 anos, em Laguna Caarapã. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, foram registrados 20 casos de dengue hemorrágica na capital.

O Brasil tem em circulação os sorotipos 1, 2 e 3 da doença. Quem se infecta uma vez não contrai mais o mesmo sorotipo, mas pode ser infectado pelos outros dois. Quando há uma segunda infecção, os sintomas costumam ser muito mais fortes e podem incluir hemorragias – é a dengue hemorrágica, que leva às mortes. O tipo 3, que chegou ao País no final de 2000, é o mais forte de todos e está se espalhando pelo interior de Mato Grosso do Sul.

A prefeitura de Campo Grande informou que grande parte das casas e dos terrenos da cidade está com os acessos fechados, o que obriga a intervenção dos tribunais, com autorizações, para que os locais sejam visitados pelos agentes de saúde. Nesses imóveis foram encontradas larvas do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, em locais que acumulam água, como piscinas abandonadas.

O Ministério da Saúde enviou dez carros com fumacê ao Estado e treinou funcionários de uma central telefônica, que prestará esclarecimentos sobre a doença.

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