O ministro Ilmar Galvão, do Supremo Tribunal Federal (STF), interrogou hoje o deputado federal José Carlos Martinez (PTB-PR) sobre as supostas práticas dos crimes de sonegação fiscal, evasão de divisas, falso testemunho e falsidade ideológica. Além do parlamentar, seu irmão e sócio, Flávio de Castro Martinez, e o empresário Luiz Fernando Wolff de Carvalho foram ouvidos no STF. No interrogatório, o deputado rejeitou todas as acusações apresentadas contra ele pelo Ministério Público Federal. O parlamentar é suspeito de sonegar informações à Receita Federal sobre um empréstimo pedido em 1991 a Paulo César Farias, ex-tesoureiro da campanha à Presidência da República de Fernando Collor de Mello. PC Farias morreu cinco anos depois. Segundo o STF, o parlamentar confirmou a existência do empréstimo, mas negou que a origem do dinheiro fosse desconhecida da Receita Federal. Os recursos teriam sido usados na compra da TV Corcovado, do Rio de Janeiro, informou o tribunal. Martinez também é acusado de promover remessa ilegal de dinheiro para o exterior, manter contas correntes em bancos fora do País não declaradas e omitir à Receita empréstimo para a compra da Rádio Eldorado, situada no Paraná. Conforme determina o regimento interno do STF, o ministro Ilmar Galvão concedeu ontem um prazo de cinco dias para que os acusados encaminhem ao Supremo suas defesas prévias. Em seguida, a ação penal deverá ser encaminhada ao Ministério Público Federal. Martinez foi denunciado em 1998. Mas o caso ficou parado no Supremo até dezembro de 2001. A ação começou a tramitar depois de o Congresso Nacional ter aprovado a emenda constitucional 35, que limitou a imunidade parlamentar.
Martinez é interrogado no STF e nega acusações
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