Quem finalmente obteve o prêmio de Melhor do Mundo da Fifa neste ano foi a jogadora Marta, escolhida como a melhor atleta feminina em 2006. Depois de dois anos se classificando para as finais, mas sem levar o troféu, agora finalmente é o ano de Marta. No momento do anúncio, ela se esforçou para segurar o choro.
"Quero agradecer a Deus, familiares, ao meu clube na Suécia, às companheiras de seleção, a todos que ajudaram a chegar aqui… Vou continuar trabalhando para voltar aqui", disse, em seu discurso após receber o troféu.
Em 2004 e 2005, a brasileira já havia atingido a final, mas foi superada por suas concorrentes alemãs e americanas. Nesta segunda-feira, superou a alemã Renate Lingor e a americana Krsitine Lilly. Natural da cidade de Dois Riachos, a jogadora atuou no Vasco da Gama e São Martins. Sem contar com uma liga no Brasil, deixou o país e foi atuar na Suécia, onde ajudou seu time, o Umea IF, a conquistar vários torneios – inclusive o de melhor da Europa.
Na temporada 2005, fez 21 gols e 22 partidas pelo Dammalsvenskan. Venceu ainda a Bola de Ouro e levou a seleção brasileira à medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atenas. Para ela, esse foi "o melhor momento de sua carreira".
A jogadora aproveitou a ocasião para apelar a clubes, CBF e empresários para que uma liga profissional seja criada no Brasil. "Não precisa ser um campeonato longo, mas que pelo menos dê a chance para que as demais jogadoras possam atuar", afirmou. "A CBF mantém apenas a seleção e entendo que os clubes tenham problemas diante da falta de renda", afirmou na coletiva de imprensa, antes da premiação.
Com apenas 20 anos e já sendo coroada como a melhor do mundo, Marta gera o "temor" de suas adversárias. Para Mia Hamm, ex-jogadora e ex- número 1, Marta terá muito tempo ainda para conquistar vários títulos e se manter como a melhor do mundo.
