Marta acusa PSDB de distribuir adesivos contra Lula

A ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, responsável por coordenar a campanha paulista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acusou o PSDB e o candidato do partido à presidência Geraldo Alckmin de serem responsáveis pela produção e distribuição de adesivos contendo uma imagem de uma mão aberta com apenas quatro dedos, tarjada com o símbolo de proibido. Os adesivos, que fazem uma referência ao fato de o presidente ter perdido o dedo mínimo da mão esquerda em um acidente de trabalho são distribuídos há meses em diversas capitais de Estados. Ela confirmou que o PT pedirá à Polícia Federal que investigue o caso.

"Nós sabemos que é campanha de tucano e Geraldo Alckmin tem que explicar isso", disse Marta numa caminhada em Diadema, na região do ABC Paulista. Além de acusar o PSDB de ser o responsável pelo material, Marta afirmou que o partido estaria fazendo uso de dinheiro não contabilizado para conduzir essa estratégia. "Como não está assinado, ainda por cima é caixa dois de campanha, pagando coisa apócrifa. Isso nós não podemos tolerar e os tucanos vão ter que responder", emendou.

Marta disse ter tomado conhecimento da existência dos adesivos hoje de manhã na reunião da coordenação da campanha presidencial em São Paulo. Os adesivos, segundo disse, estão sendo amplamente distribuídos no interior do Estado, endossando uma mensagem de "desrespeito" com portadores de deficiência e vítimas de acidentes de trabalho. A ex-prefeita afirmou que sua reação em relação ao material foi de "repulsa" e "indignação" e acrescentou que os adesivos são mais um exemplo de "tudo o que o PSDB faz": "Sem assinatura, dizendo que não são eles, mas isso está invadindo o interior inteiro.

No evento de hoje, Marta voltou a falar das privatizações e alimentou mais uma vez a idéia de que a eleição de Alckmin representaria um risco para o País. Segundo a ex-prefeita, o fato de o programa de governo do tucano não contemplar novas privatizações não traz a garantia de que elas não vão ocorrer. "Não estar escrito não significa que não vá privatizar", afirmou. Marta aproveitou para endossar as declarações do ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, sugerindo que os ataques do PCC em São Paulo devem ganhar espaço na campanha do presidente Lula na reta final da corrida presidencial. "A questão do PCC é muito importante e acabou ficando de fora.

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