O ministro do Trabalho e Emprego Luiz Marinho anunciou hoje (19) a meta de criar uma média de 100 mil empregos por mês até o fim do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Nós estamos lançando uma meta desafio para o Ministério do Trabalho e para o conjunto do governo: a idéia de construirmos ? por mês e até o final do mandato do presidente Lula ? 100 mil empregos com carteira assinada, para anunciar para a sociedade brasileira a esperança de continuarmos crescendo, gerando emprego e incluindo homens e mulheres que hoje estão desempregados no nosso país", declarou.
Sobre a intenção de campanha do presidente Lula de criar de em quatro anos de mandato serem criados 10 milhões de empregos formais e informais, Marinho afirmou ser possível de ser alcançada. Segundo ele, já foram criados 3,13 milhões de empregos em dois anos e meio de governo. "Se falarmos que cada emprego gerado no mercado formal gera um informal, podemos dizer que tranqüilamente alcançaremos os 10 milhões de empregos", falou.
Ao divulgar o crescimento do emprego formal pelo sexto mês consecutivo, com a abertura no mês de junho de 195.895 novos postos de trabalho, Marinho disse que acredita que haverá uma retomada do crescimento da economia a partir do segundo semestre deste ano. "Os juros entraram num processo de estabilidade e entrará em algum momento em processo de queda. Portanto, a queda nos juros trará certamente um determinado ajuste no câmbio podendo, portanto, colaborar com esse processo de crescimento," avaliou.
O ministro do trabalho também fez um pedido ao empresariado brasileiro. "Se o conjunto de empresários brasileiros tomar uma decisão de melhorar a qualidade da remuneração de seus profissionais, vamos aquecer e fortalecer muito mais o mercado interno", apontou. Ele falou também que a grande rotatividade de mão-de-obra prejudica o salário médio do trabalhador.
Marinho disse ainda que é necessário alargar a capacidade de produção em todos os setores da economia e também na infra-estrutura brasileira para conter o crescimento dos juros: "Nós precisamos construir um entendimento entre o conjunto dos atores econômicos e sociais no país de como controlar a inflação, sem que o Banco Central recorra sistematicamente ao aumento de juros para controlar a inflação. E na minha avaliação só há uma maneira: alargar a capacidade de produção do país", opinou.