Marinho prevê equilíbrio das contas da Previdência até o final de 2008

Brasília – O ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, disse nesta quinta-feira (31) acreditar que até o final de 2008 as contas da Previdência estejam equilibradas. Em entrevista a emissoras de rádio parceiras da Radiobrás, Marinho retomou a discussão de que é preciso refazer os cálculos do déficit da Previdência.

"Aquele número dos R$ 42 bilhões de déficit, na verdade precisamos refazer esta contabilidade. Deixar claro para a sociedade qual o tamanho do déficit real da Previdência, para saber se nós estamos com ela sob controle o não", afirmou.    Segundo Marinho, esse valor engloba outros itens, como incentivo à exportação do agronegócio e o pagamento dos  benefícios dos trabalhadores rurais.

"Desses R$ 42 bilhões de déficit, R$ 27 bilhões vêm para financiar os [trabalhadores] rurais na conta do regime geral dos trabalhadores urbanos. É preciso colocar em outra fonte, não na fonte da Previdência", defendeu o ministro. Nas contas do ministro, refazendo os cálculos o déficit real passaria de R$ 42 bilhões para R$ 4 bilhões.

Para Marinho, com o crescimento do mercado de trabalho o combate à fraude na Previdência e à sonegação de impostos na receita (Receita Federal), as contas caminham para um equilíbrio. "Eu tenho segurança que, até o final do ano que vem, nós estaríamos equilibrados na Previdência. Então eu digo o seguinte: a curto prazo não há problema, nós temos que discutir a longo prazo", disse.

E essa discussão, segundo ele, está sendo feita no Fórum Nacional da Previdência Social, e não irá alterar as regras para quem já está no sistema. "Todo estudo demográfico indica que nós precisamos mexer nas regras da Previdência olhando para o longo prazo, olhando para as futuras gerações de trabalhadores. Então eu reafirmo que qualquer reforma que nós venhamos chegar à conclusão no Fórum da Previdência, não irá mudar qualquer regra para a atual geração de trabalhadores. Quem está no mercado de trabalho pode ficar sossegado".

O ministro assegurou que os trabalhadores não precisam se antecipar na aposentadoria por causa da reforma. "Quero de novo assegurar que você que está no tempo de se aposentar, está próximo, não se preocupe, não saia correndo para se aposentar. Nós estamos detectando um aumento de procura para a aposentadoria, com medo da reforma da Previdência. Esses trabalhadores não serão atingidos, em absoluto, isso é uma garantia que eu estou aqui reafirmando".

"Qualquer reforma que eventualmente venha a ocorrer, será para o seu neto, que está com cinco, seis, com dez, doze anos de idade, que ainda não entrou no mercado de trabalho, é para esses que nós estamos discutindo a eventualidade de uma reforma", garantiu.

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