Em continuidade à rodada de negociações iniciada em novembro, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, se reúne hoje (15) com representantes de centrais sindicais para discutir o reajuste do salário mínimo (fixado atualmente em R$ 300) e a correção da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). Os novos valores, no entanto, só devem ser definidos na semana que vem, após a audiência dos sindicalistas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em data ainda a ser marcada.
No dia 29 de novembro, representantes do movimento sindical fizeram uma marcha na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para reivindicar o aumento do mínimo de R$ 300 para R$ 400 e a correção da tabela do IRPF. Na ocasião, eles se reuniram com Marinho, dando início às negociações.
Segundo Marinho, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, confirmou sua participação na reunião de hoje, que também deve contar com a presença da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Entre as entidades de classe, vão participar a Central Única dos Trabalhadores, a Confederação Geral dos Trabalhadores e a Central Autônoma dos Trabalhadores.
Ontem (14), Marinho disse aos jornalistas que gostaria de conceder um reajuste superior a R$ 340, mas ressaltou que se o valor fixado for esse, não será um aumento "desprezível". "Eu desejaria mais. Mas é um aumento superior a qualquer conquista de qualquer categoria trabalhista", disse.
No que diz respeito ao imposto de renda, o ministro disse ser contrário à idéia de vincular o aumento do mínimo à correção da tabela do IRPF. Ele lembrou que em 2004 a discussão era a mesma e houve espaço tanto para o reajuste do mínimo nos atuais R$ 300 quanto para a correção da tabela em 10%.
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