Brasília – O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse há pouco que, a pedido dos sindicatos dos aeroviários, a secretaria de Relações do Trabalho vai realizar, hoje à tarde, sob a coordenação do secretário Mário Barbosa, uma mesa-redonda para discutir a questão da companhia aérea, com a participação de representantes da própria empresa e dos sindicatos dos aeronautas.
Marinho disse, ainda, que o governo está preocupado com a situação da empresa e tem grande responsabilidade em que ela continue operando e observou que, "se não fosse a complacência das empresas públicas, a Varig não estaria voando há alguns anos", disse Marinho, acrescentando, no entanto, que não sabe se a complacência do governo é suficiente para a empresa continuar na ativa.
O ministro disse que espera que a empresa apresente um plano de reestruturação factível. "Esperamos que a empresa apresente seu plano e que ele seja cumprido". Ele afirmou, no entanto, que o Estado brasileiro não tem responsabilidade com gestões temerárias. "Quando (a Varig) pede para o Estado socorrer, está pedindo uma doação para uma empresa privada", ponderou.
Marinho fez essas declarações logo após assinar, em seu gabinete, um memorando de entendimento de cooperação técnica e assistência com o governo da Espanha, representada no ato pelo ministro do Trabalho e Assuntos Sociais daquele país, Jesús Caldera Sanchez.
