O ministro da Defesa da Grã-Bretanha, Des Browne, foi duramente criticado neste domingo (8) por ter permitido que os 15 marinheiros capturados pelo Irã vendessem suas histórias para veículos de comunicação. "Normalmente, militares da ativa não podem fazer esse tipo de arranjo financeiro com empresas de comunicação, mas diante de circunstâncias especiais, como essa, a permissão foi concedida", afirmou o ministro. Alguns jornais britânicos já estariam dispostos a pagar cerca de US$ 500 mil pela história dos detidos.

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Vários políticos, diplomatas e parentes de vítimas da guerra no Iraque criticaram a decisão. Apenas dois oficiais entre os marinheiros capturados disseram que não pretendem faturar com o caso. "Não estou interessado em ganhar dinheiro com essa história", disse o tenente Felix Carman, que acrescentou que, se alguém lhe oferecesse algum pagamento, doaria para a caridade. Contudo, admitiu que essa seria um decisão pessoal.

"Há algumas pessoas que podem se sentir tentadas a ganhar financeiramente, mas essa é uma decisão privada". O capitão Chris Air também disse que não quer faturar em cima da captura, mas afirmou que seus companheiros têm liberdade para fazer o que quiserem. "Eu não vou falar com os jornais, mas acho que os outros têm esse direito", declarou.

Faye Turney, a única mulher entre os 15 marinheiros, vendeu sua aventura para um programa de TV por US$ 200 mil. Hoje, o jornal Sunday Times afirmou que os marinheiros decidiram rachar o dinheiro, dando 10% para instituições de caridade e embolsando o resto.

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