A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse nesta quinta-feira (1º) em Campinas que vai encaminhar à Casa Civil o pedido de veto à Medida Provisória 327, que reduz a distância mínima entre o plantio de transgênicos e as unidades de conservação ambiental, aprovada pelo Senado na terça-feira. A MP também autoriza a venda de algodão transgênico plantado ilegalmente e reduz o total de votos para a aprovação comercial de transgênicos na Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).
Marina Silva esteve em Campinas para a aula magna da Pontifícia Universidade Católica (PUC) da cidade, na abertura oficial do ano letivo. "Todo o esforço do Ministério até agora foi para termos uma lei que respeitasse o princípio da precaução. Isso não significa ser contra os transgênicos. Significa garantia de certificação, rastreabilidade, separação dos silos, critérios na polinização, transporte seguro", disse a ministra. "Se quisermos ter democracia na economia precisamos dar o direito ao produtor de produzir ou não transgênico, desde que dentro da lei, e à sociedade, de escolher".
Marina Silva desconversou sobre ficar ou não no cargo para o novo mandato do presidente Lula. "Quem decide isso é, em primeiro lugar, Deus, depois o presidente e eu. Não conversamos ainda. Jogador não deve ficar se insinuando para o escalador do time. Tenho mais quatro anos no Senado e se eu ficar lá, lá vai ser minha trincheira", disse.