Belo Horizonte (AE) – O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza negou que tenha pedido a correção nos documentos contábeis das agências SMP&B e DNA que já foram entregues à Receita Federal, à Procuradoria Geral da República, à Polícia Federal e à própria CPMI dos Correios.
A declaração do empresário foi dada em resposta às afirmações do sub-relator de Movimentação Financeira da CPI dos Correios, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), que hoje (29) revelou que os documentos contábeis apreendidos pelo Ministério Público de Minas Gerais nas agências do empresário Marcos Valério não registram empréstimos feitos ao PT.
Segundo nota encaminhada pela assessoria de imprensa, Marcos Valério afirma, quue na documentação completa, abrangendo o período de 2001 a 2005, estão corretamente registradas todas as operações referentes aos empréstimos feitos ao PT a pedido do ex-tesoureiro Delúbio Soares. A nota destacou ainda que no último dia 13, o Banco Central encaminhou à presidência da CPMI dos Correios um ofício que comprova a existência dos empréstimos junto ao Banco Rural e ao BMG.
Em depoimentos prestados às CPIs dos Correios e Mensalão Valério e o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares disseram que o empresário teria tomado empréstimos de R$ 55 milhões, que foram repassados ao PT. Conforme o deputado, os documentos comprovariam tráfico de influência, corrupção e fraude. "Mostra que ele não emprestou, e sim, que ele foi o intermediador", disse
Na nota, Valério declara que há "relutância da Relatoria da Subcomissão Financeira em admitir a realidade dos empréstimos", mesmo tendo em mãos toda a documentação das empresas nas quais tem participação e dos bancos, "que comprovam a origem lícita dos recursos emprestados ao PT". "Ao invés de divulgar as informações verdadeiras e esclarecer os fatos, o relator insiste em aventar hipóteses que não têm sustentação em documentos, confundindo a imprensa e a opinião pública", acusa.
