O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza divulgou hoje uma nota negando que a DNA, uma das empresas das quais foi sócio, tenha emitido notas fiscais frias, conforme informou o relator da CPMI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). Segundo o deputado, as irregularidades teriam sido detectadas em 11 notas analisadas pela Receita Federal, sendo que deste total dez foram emitidas pela DNA para a Amazônia Celular e uma para a Visanet, no valor de aproximadamente R$ 6 milhões.
Conforme o texto divulgado pela assessoria de imprensa do empresário, as notas fiscais mencionadas pelo relator foram canceladas. A assessoria de Valério atribui a falha ao sistema de faturamento da empresa. "Somente não foi feita a anotação da expressão ‘cancelada’ no corpo dos documentos e no livro de ISS" informa a nota. Segundo as informações, estes documentos não chegaram a ser enviados aos clientes e, por esse motivo, não constam no livro-razão e no livro-diário da DNA. "Não houve pagamento e, portanto, nenhum prejuízo aos clientes ou aos cofres públicos. Para provar a regularidade do procedimento, foram emitidas outras notas, substituindo as canceladas. A Receita Federal tem todos os registros".
O texto também informa que no caso da Visanet, a Nota fiscal 33601, emitida e cancelada em 07/11/2003, foi substituída pela NF 33997, emitida em 11/11/2003. A assessoria de Valério conclui informando que "não tem credibilidade a afirmação de que houve transferência de dinheiro público para o PT ou o uso de notas fiscais frias pela DNA, com base em apurações em andamento na Receita Federal e no Banco do Brasil".