Marcola e Carambola vão a júri popular por morte de juiz

A Justiça de Presidente Prudente decidiu mandar os assaltantes Marcos Willians Herbas Machado, o Marcola, 39 anos, e Júlio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, a júri popular pelo assassinato do juiz-corregedor dos Presídios da Região, Antônio José Machado Dias. Os dois chefões do Primeiro Comando da Capital (PCC) são apontados pelo Ministério Público como os mandantes da execução ocorrida no dia 14 de março de 2003

Os dois réus serão julgados por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe (vingança) e uso de emboscada. Machadinho, como o juiz era chamado pelos amigos, foi assassinado com um tiro na cabeça e outro no peito, numa emboscada armada a 300 metros do fórum onde trabalhava

A advogada Maria Odete de Moraes Haddad, defensora de Marcola, disse que já recorreu da sentença de pronúncia datada de 4 de janeiro deste ano. O réu foi notificado da sentença há cerca de 15 dias, por meio de carta precatória enviada ao Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes. O Ministério Público Estadual de São Paulo apurou que a morte do juiz foi um presente de Marcola para a população carcerária da região de Presidente Prudente, que considerava o magistrado rigoroso demais.

Além de Marcola e Carambola, o Ministério Público também denunciou Sandro Henrique da Silva Santos, o Gulu, pelo crime. O processo contra ele foi extinto em razão de sua morte, em 27 abril de 2005 na Penitenciária de Mirandópolis. Ele morreu estrangulado por desafetos.

Apesar de o crime ter acontecido em Presidente Prudente, na região Oeste do Estado, a dupla de líderes deverá ser julgada por jurados de São Paulo, no 1º Tribunal do Júri do Fórum Ministro Mário Guimarães, mesmo local onde estão sendo julgados os quatro réus apontados como os executores do crime.

Isso aconteceu porque o processo foi desaforado (deslocado por outra comarca) em razão de os réus pertencerem ao crime organizado para evitar possível represália, em caso de condenação, contra os jurados prudentinos. A cidade de Presidente Prudente é pequena e os jurados seriam facilmente localizados.

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