Quatro em cada dez janelas dos ônibus de Curitiba e região metropolitana estão marcadas pelo vandalismo. Os vidros foram riscados com objetos metálicos pontiagudos, como velas de motor de carro e canivetes. Nos 1,8 mil veículos do transporte coletivo há 32 mil janelas riscadas. O custo para trocá-las é de R$ 2,7 milhões.
Todo ato de vandalismo contra ônibus, terminais e estações-tubo representa uma despesa adicional para o sistema de transporte e pressiona o preço da tarifa. "Combater o vandalismo é uma forma de contribuir para o controle do preço da passagem de ônibus, por isso todo cidadão tem o dever de denunciar quem comete esse tipo de crime", afirma Paulo Schmidt, presidente da Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs), empresa municipal que gerencia o transporte coletivo da cidade.
Para incentivar as denúncias e reduzir os ataques de vândalos ao patrimônio público, a Prefeitura de Curitiba lançou na quarta-feira (18) uma campanha educativa com propagandas de rádio e televisão, placas e cartazes nos pontos de ônibus e na traseira dos veículos do transporte coletivo. As empresas de ônibus também estão colando adesivos da campanha nas janelas rabiscadas dos veículos, com o número de telefone 153, da Guarda Municipal de Curitiba, para denúncias de atos de vandalismo.
O custo de reposição das janelas sai do bolso dos passageiros que pagam a tarifa. Outros tipos de vandalismo contra prédios públicos, parques e praças, saem dos cofres do município – portanto, são pagos por todos os cidadãos que pagam impostos. Por ano, a Prefeitura de Curitiba gasta R$ 3 milhões, dinheiro suficiente para construir três unidades de saúde básicas.
Não entram nesta conta os prejuízos da Clear Channel Adshel, responsável pela manutenção do mobiliário urbano, que chegam a R$ 1,5 milhão por ano. O dinheiro é usado para repor vidros de estações-tubo e pontos de ônibus, componentes metálicas e peças plásticas de lixeiras, placas e tótens multimídia (para o acesso informatizado a informações de utilidade
