O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que o crescimento econômico deverá ficar em média entre 1,3% e 1,5% ao longo dos próximos trimestres para que "a meta" de 4,5% para o ano seja alcançada. Ele explicou, em entrevista concedida esta tarde, que o crescimento do segundo trimestre deverá ser menor do que o 1,4% do primeiro trimestre. Mantega espera, no entanto, uma aceleração do crescimento econômico a partir da segunda metade do ano. Ele comentou que isso deverá ocorrer, inclusive, em função do efeito pleno do aumento do salário mínimo, que deverá se dar ao longo do ano.
Guido Mantega também comentou que o crescimento econômico vem sendo acompanhado de uma elevação dos investimentos. Ele lembrou que, no primeiro trimestre deste ano, a taxa de formação bruta de capital fixo ficou em 20,4% do PIB, contra 20% de igual período do ano passado. O ministro disse que a taxa de crescimento atingiu seu pico no primeiro trimestre de 1994, quando foi de 24% do PIB. "A partir daí, a taxa de crescimento iniciou uma trajetória de queda", disse Mantega. O piso da taxa de investimento, explicou, foi registrado no segundo trimestre de 2003. A partir do terceiro trimestre daquele ano, a taxa iniciou uma trajetória de alta, com oscilações.