O ministro da Fazenda, Guido Mantega, evitou fixar uma meta para o crescimento econômico do Brasil nos próximos anos. "Prefiro não fixar uma meta para não ter cobrança. Chega de cobrança", disse Mantega em tom bem humorado. Ele disse que o governo não abandonou seu projeto de acelerar o ritmo de crescimento econômico e vai trabalhar para chegar a uma alta de 5% nos próximos anos. "Nós faremos o que for possível para crescer. Se vamos crescer 4,5%, 5%, isso nós vamos saber depois", afirmou o ministro.
Segundo ele, o crescimento forte do crédito e dos investimentos sinalizam um ritmo mais acelerado para a economia brasileira a partir de 2007. Mantega disse ainda que o adiamento do pacote se deveu ao fato de faltarem alguns detalhes para anunciar o conjunto de medidas, após o acordo sobre o salário mínimo. "O presidente ficou satisfeito com as medidas e considerou o programa consistente com seu objetivo de elevar os investimentos públicos e privados", afirmou.
Mantega disse também que o acordo sobre o salário mínimo não foi uma derrota, porque estabeleceu uma política de longo prazo. "A questão do mínimo não é um jogo de ganhar e perder. Negociamos e chegamos a um acordo. É natural que a área econômica seja mais conservadora, mas o importante é que se estabeleceu um teto para as despesas com o mínimo e, se em 2007 a conta vai ficar mais salgada, nos anos seguintes a situação vai melhorar", argumentou o ministro.