Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu nesta quarta-feira (14) que a equipe econômica não trabalha para que o ano de 2007 termine com inflação maior do que as previsões que vêm sendo apresentadas, conforme noticiaram alguns jornais. Mantega disse que foi mal interpretado nesta terça-feira (13), quando, em audiência no Senado, citou que o Banco Central deve perseguir a meta de 4,5%.
"O que eu quis dizer foi que o BC deve perseguir essa meta (4,5%) porque ela foi fixada pelo governo e pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) como a meta que permite ao mesmo tempo conciliar uma inflação sob controle e um crescimento maior da economia?, explicou.
Após a declaração do ministro no Senado, alguns jornais interpretaram que havia uma mensagem ao Banco Central para que acelere o processo de redução da taxa básica de juros, a Selic, – com conseqüente ameaça de alta de inflação – uma vez que a inflação atual está bem abaixo da prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
"Eu não sou a favor de um aumento da inflação. Muito pelo contrário. Eu acho que uma grande conquista da sociedade brasileira foi ter conseguido uma inflação baixa, e essa conquista tem que ser mantida porque uma inflação baixa não corrói salários, dá previsibilidade à economia".
Ao deixar nesta quarta-feira o Ministério da Fazenda para um encontro com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Grace, Mantega adiantou que a meta de inflação de 2009, que ainda será definida pelo CMN em sua reunião de junho, deverá ser de 4,5%. O ministro informou ainda que a meta de 2008 permanece em 4,5%.