Brasília – Os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luis Fernando Furlan, defenderam o fortalecimento de mecanismos de fomento existentes na América do Sul em vez da criação do Banco do Sul, como foi proposto ontem (17) pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez.
Segundo Furlan uma das possibilidades para aumentar os financiamentos aos países sul-americanos é aumentar o capital da Comissão Andina de Fomento (CAF). De acordo com o ministro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deverá capitalizar a CAF em US$ 200 milhões.
?Eu ficaria feliz se o BNDES e a CAF pudessem atuar de forma mais agressiva no âmbito da região. Seria um bom começo fazer os mecanismos existes funcionarem?, disse Furlan.
Para o ministro da Fazenda, uma das alternativas seria fazer com o BNDES atuar de forma conjunta com o Banco de La Nacion da Argentina e o Banco de Desenvolvimento da Venezuela. ?Como esses bancos já têm poder financeiro e estrutura, eles estão aptos a funcionar imediatamente. Então não é preciso esperar uma nova estrutura e uma nova legalização?, acrescentou Mantega.
Os dois ministros acreditam, no entanto, que a idéia do Banco do Sul é válida e que pode ser pensada para o futuro. Mantega e Furlan participam hoje da Reunião do Conselho do Mercado Comum do Mercosul, no Rio de Janeiro.