O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou há pouco que, num eventual segundo mandato do governo Lula, as linhas gerais da política econômica serão mantidas, mas a tônica será outra. Segundo ele, a ênfase será o crescimento econômico. "No primeiro mandato, foi o equilíbrio fiscal e o equilíbrio monetário com o combate à inflação. Num segundo mandato, a ênfase será obter um crescimento econômico mais acelerado", afirmou o ministro durante a convenção do PT, que está lançando a candidato de Lula à reeleição.

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Mantega disse acreditar que, em 2006, deve haver um crescimento do PIB de 4,5%, como previsto na Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO). Para 2007, a previsão é de um crescimento econômico de 4 75%, e de 5% para 2008. "Mas, havendo uma conjuntura favorável e mantendo os equilíbrios fiscais e inflacionário, poderíamos ter até taxas maiores", afirmou.

Mantega disse que os reajustes que devem ser concedidos esta semana, por meio de medida provisória, a várias categorias do funcionalismo público, não comprometem o equilíbrio fiscal. Segundo ele, esses reajustes, a grosso modo, já estão projetados nas contas de despesas do governo e dentro da meta de superávit fiscal previstas para este ano.

O ministro não quis fazer previsões sobre e a redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que deve ser decidida esta semana pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). "Este é um segredo que só vou revelar na reunião do CMN, mas há esperanças de que haja uma nova redução", disse. A TJLP está, hoje, 8,15% ao ano.

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