Mantega diz que não há razão para nervosismo nos mercados

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou há pouco em entrevista à Agência Estado e à Rádio Eldorado que não há razão para nervosismo no mercado financeiro. Entre outros motivos, disse o ministro, porque o "perfil da dívida continua na mesma direção". O ministro também voltou a afirmar que não haverá mudanças na política econômica, que é "a mais acertada que já se fez no país". "A responsabilidade fiscal foi uma conquista deste governo", afirmou. "Nunca o Brasil teve política tão responsável e isso vai continuar", acrescentou.

O novo ministro da fazenda também observou que Brasil nunca esteve tão sólido para enfrentar turbulências e disse não acreditar na ocorrência de uma crise externa. " O cenário é favorável". Perguntado sobre o crescimento dos despesas públicas Mantega afirmou que vai examinar esta questão mais de perto nos próximos dias, mas adiantou que não vê uma situação preocupante. "Os gastos estão controlados e dentro do previsto", afirmou. Ainda segundo Mantega, O superávit primário será respeitado rigorosamente.

Perguntado sobre declaração que havia dado quando presidia o BNDES, afirmando que o Banco Central "errou a mão nos juros", Mantega reconheceu que fez a declaração crítica à política monetária. Contudo, admitiu que "não é fácil acertar a dose dos juros". Além disso, afirmou que "isso (os juros altos) já está sendo corrigido" com as quedas da Selic. "A política de juros está em trajetória positiva", disse. O ministro afirmou que o ano eleitoral não influirá no trabalho do ministério da Fazenda, embora isso "não impede que se dialogue e troque idéias sobre juros".

Mantega também procurou explicar sua previsão de crescimento do PIB entre 4% e 4,5%, acima da mediana das previsões do mercado, de 3,5%. "Temos todas as condições para crescer acima de 4%", afirmou, observando que sua previsão se baseia no fato de o ano já ter começado mais forte em termos de atividade. Na verdade, Mantega disse que a economia já está rodando na casa de 4% a 4,5% neste início de ano. "Todos os indicadores na economia são positivos", enfatizou o novo titular da Fazenda.

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