O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta sexta-feira (20) que "no segundo mandato, o desenvolvimentismo vai ser mais claro", ao se referir à política econômica num eventual segundo mandato do governo Lula. Segundo ele, houve um período de transição no governo, mas o desenvolvimentismo já é mais nítido ainda neste mandato.

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Ele fez questão de esclarecer que o encontro que mantém hoje com economistas acadêmicos e intelectuais, em um restaurante em Ipanema, zona sul do Rio, terá sua participação como "condutor da política econômica do candidato Lula", e não como ministro.

Mantega avalia que a realização do segundo turno das eleições "está sendo muito produtivo", porque mostra que a proposta econômica dos dois candidatos, que pareciam muito semelhantes, são diferentes. Segundo ele, o debate entre Alckmin e Lula tem mostrado que o candidato tucano é conservador, enquanto Lula é desenvolvimentista.

O ministro chegou a citar a possibilidade de privatização da Petrobras já atribuída ao candidato Alckmin e disse que, na verdade, a discussão se refere ao tamanho que o Estado teria. "O Estado mínimo deixa o mercado fazer tudo", disse Mantega, voltando a afirmar que sua proposta é desenvolvimentista.

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Mantega foi indagado se será necessário mudar a direção do Banco Central para implementar a política desenvolvimentista e respondeu que "o BC se comporta adequadamente, está baixando os juros". Ele disse que ouvirá sugestões dos convidados do almoço e, em seguida, falará novamente com a imprensa.