O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que o Brasil deve alcançar um déficit nominal zero antes de 2010. Ele também previu que a relação dívida/PIB deve cair para 35% em 2010. Segundo o ministro, a revisão do crescimento do PIB em 2006, para 3,7%, já reduziu o patamar atual, baixando a relação a relação dívida/PIB de 50% para 44,9%. "Isso significa que o Brasil deve menos hoje.

continua após a publicidade

O ministro disse ainda que o déficit nominal foi reduzido de 3 3% para 3% em 2006. O ministro destacou que, hoje, o Brasil poderia fazer parte do Tratado de Maastricht, pelo qual os países da União Européia se comprometeram a não fazer um déficit nominal acima de 3%. "A trajetória de déficit nominal é cadente e tendendo a zero", disse o ministro. Ele, no entanto, não quis fazer uma previsão de quando o Brasil irá zerar seu déficit nominal. "Não tem prazo. É uma tendência. Estamos fazendo a conta", disse. Ele ponderou, entretanto, que é perfeitamente possível ter um déficit nominal zero antes de 2010, já que o volume de juros sobre o PIB irá cair.

Política fiscal

Mantega afirmou que o fato de os novos dados PIB mostrarem uma redução na relação dívida/PIB não vai levar o governo a mudar a política fiscal. "O governo vai continuar seguindo a política fiscal que nos trouxe até aqui. Vamos manter a filosofia que permitiu o crescimento que estamos tendo na economia", disse o ministro. Ele enfatizou que os novos dados do PIB não vão levar a mudanças nos valores absolutos estabelecidos para as metas fiscais, e também para as despesas previstas no Projeto Piloto de Investimentos (PPI).

continua após a publicidade

"Não há cogitação de se mexer nos valores absolutos do superávit primário de 2007 que estão definidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A responsabilidade fiscal é um compromisso do País e auferimos muitas vantagens por causa dela. O presidente Lula não abre mão deste compromisso", enfatizou. O ministro comemorou o fato de hoje o País ter alcançado a menor taxa de risco-país e se alinhado à média dos países emergentes, fato inédito.