Mantega defende política cambial do Banco Central

Numa defesa da política cambial do Banco Central, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que nesse momento de turbulência no mercado financeiro é preciso cautela para impedir que o pânico se propague. O ministro disse que, embora o Brasil hoje esteja mais preparado para enfrentar esse tipo de turbulência, o País não pode deixar que haja efeitos de manada no mercado com investidores tentando sair correndo do País, provocando instabilidade na economia. "Nessas condições é normal que o BC dê liquidez", em referência às operações de swap cambial, realizadas pelo Banco Central ontem e hoje.

Essa oferta de liquidez ao mercado cambial conteve a alta mais forte da moeda. Segundo o ministro, o objetivo foi acalmar o mercado porque "ontem e anteontem havia ameaça de novas saídas de recursos e de uma elevação expressiva do dólar". "É claro que nós queremos que o dólar seja mais valorizado. Vejam as minhas declarações de duas ou três semanas atrás, em que eu dizia que estava preocupado com a valorização do real e, portanto, em busca de uma solução para atenuar os problemas", respondeu Mantega às críticas dos deputados que participam de audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.

O ministro ponderou que o País foi colhido pela turbulência e que, neste contexto, o governo tem que agir para acalmar o mercado, dando liquidez se for necessário. "Não foi para beneficiar o especulador, não é para impedir que o real se desvalorize, é para impedir que o pânico tome conta do mercado em momento delicado", disse. Ele acrescentou que o Banco Central brasileiro tem atuado no mercado para atenuar a valorização cambial de forma permanente. Ele lembrou que nos últimos três anos BC e Tesouro compraram US$ 150 bilhões em moeda americana.

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