O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Guido Mantega, afirmou hoje que o BNDES não é um banco comercial, e sim de investimentos. Segundo Mantega, o BNDES continuará sendo um banco de desenvolvimento, mas com operações mais rápidas.
Ele disse que o banco procurará agilizar suas operações para se tornar mais rápido na liberação de créditos. "E vamos desenvolver mecanismos para que isso possa se tornar realidade", afirmou Mantega, depois de apresentar a nova diretoria do BNDES ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto.
Mantega informou que mudanças na instituição só deverão ocorrer nos próximos dias, já que ainda não dispõe de um quadro completo da situação. "Estamos tomando pé da situação. Estou na direção do banco há duas semanas. Nas próximas semanas, devemos ter um quadro completo da situação do banco, e aí, poderemos dar mais detalhes do que vai ser mudado ou mantido", acrescentou Mantega.
De acordo com Mantega, o BNDES terá papel fundamental no financiamento dos projetos de parceria público-privada. "Hoje, o banco tem cerca de R$ 15 bilhões disponíveis para infra-estrutura, e os projetos das PPP estão voltados fundamentalmente para isso. À medida que tivermos a aprovação da Lei das PPP e a constituição da sociedade de propósitos específicos que vão realizar esses investimentos, o BNDES estará com as portas abertas para propostas de financiamento desses projetos", ressaltou.
Indagado sobre a participação do BNDES no processo em que as companhias Gol e Tam manifestam interesse na compra da Varig, Mantega disse que ainda não foi procurado pelas empresas, mas que está aberto para discutir o assunto. "Ainda não conversei com nenhum dos representantes da Gol e da TAM, mas estou aberto à conversa, se houver interesses dessas empresas em obter recursos para absorver as operações da Varig", destacou Mantega.
A nova diretoria do BNDES, nomeada por Mantega, é a seguinte: vice-presidente, Demian Fiocca; diretores, Antonio Barros de Castro, Armando Marinante de Carvalho, Carlos Kawall Leal Ferreira, Maurício Borges Ferreira e Roberto Timótheo da Costa.