O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira (28), após a reunião do Conselho Monetário Nacional, que achou bom o resultado do PIB que apresentou crescimento de 2,9% em 2006. "Achei bom o resultado, principalmente pela qualidade dos dados que estamos vendo", disse. Segundo ele, esse crescimento foi um pouco acima da expectativa e reforça que essa elevação se deu a partir da Formação Bruta de Capital Fixo, ou seja, os investimentos. "Significa que a economia está crescendo, aumentando a sua capacidade produtiva", afirmou.

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Mantega disse ainda que também está havendo crescimento da demanda interna, já que o consumo das famílias e do governo configura um aumento acima de 4% em 2006. Ele disse que o dado mais relevante foi o crescimento da economia no quatro trimestre de 2006, de 1,1%. Segundo ele, esse porcentual anualizado representa uma expansão de 4,4% do PIB. "Isso equivale dizer que neste momento a economia brasileira está crescendo a um ritmo de 4,4% e já sinaliza para o ritmo de crescimento da economia em 2007.

O ministro assegurou que o governo vai procurar manter neste ano esse ritmo da economia do quarto trimestre de 2006. Neste primeiro trimestre de 2007, afirmou, continuaremos com esse ritmo de crescimento. "Terminamos bem em 2006 e começaremos bem em 2007 e, tudo indica, manteremos esse crescimento até o fim do ano.

Estabilidade fiscal

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Segundo Mantega, o resultado do superávit primário de janeiro, que foi de 7,64% do PIB, mostra que o País está crescendo, que o governo está ampliando os investimentos e, ao mesmo tempo, mantendo a estabilidade fiscal. "Quero ver quem vai questionar a nossa responsabilidade fiscal com este resultado", desafiou o ministro.

Mantega disse que o resultado do superávit em janeiro é um dos maiores da história. "Portanto, é um mundo que queremos, com crescimento maior, investimento maior do governo e com estabilidade fiscal", afirmou.

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O ministro disse que a economia no ano passado passou por alguns problemas, como a crise agrícola e taxas de juros mais elevadas, mas que o País já está "colhendo os frutos" da redução da taxa de juros, "que é gradual, mas cria um impacto ao longo do tempo". Essa redução, segundo ele, trará um estímulo maior à economia em 2007.