Manifestantes marcham nas ruas contra FMI e governo argentino

Milhares de desempregados, sindicalistas e aposentados estão marchando pelas ruas da Argentina em protesto contra as medidas do governo e do FMI para recuperar a economia argentina. O dia de protestos ocorre ao mesmo tempo em que uma missão do FMI está concluindo o relatório da visita de uma semana, considerado crucial para determinar se o país sul-americanao receberá uma nova ajuda de emergência.

Os protestos, embora desorganizados, foram reportados da província mais ao norte de Salta à costa do Atlântico em Mar del Plata, assim como na capital e outras principais cidades em todo o país. Não foram feitos registros de violência durante as passeatas, mas o porta-voz do governo, Alfredo Atansof, alertou os manifestantes a manterem um dia de protesto ?responsável?, sem incidentes.

Muitos protestavam contra a habilidade do governo em aprovar programas para colocar um fim na depressão econômica, que levou à desvalorização da moeda, ao default e ao desespero. ?Nós temos um problema, genocídio social, que está ameaçando deixar 23 milhões de argentinos abaixo da linha de pobreza até o final do ano?, acusou Luis D?Elia, um dos líderes de uma marcha que reuniu cerca de 3.000 desempregados em Buenos Aires. D?Elia criticou duramente o presidente Eduardo Duhalde por estar cortejando a missão do FMI que está no país. Duhalde está buscando obter uma ajuda financeira de US$ 9 bilhões do Fundo.

Em outra parte da capital, um grupo de esquerda planejava uma manifestação para o final do dia contra o FMI, cuja equipe está hospedada num hotel de luxo guardada pela polícia, armada de escudos e bombas de gás. ?O FMI veio pegar o que resta de nós?  acusou o sindicalista Pablo Micheli.

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