Depois de passarem pelo Instituto Médico Legal para exames de corpo de delito, os mais de 500 manifestantes do Movimento de Libertação dos sem Terra (MLST) presos no ginásio Nilson Nelson, no centro de Brasília, vão assinar uma nota de culpa. Eles estão sendo indiciados como co-autores de uma série de crimes, entre eles formação de quadrilha, corrupção de menores e depredação do patrimônio público. Os 11 líderes do movimento que estão detidos na 2ª Delegacia serão considerados os autores.

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A informação é do comandante do Policiamento Regional do Distrito Federal, coronel Antonio Serra. Segundo ele, foi tranqüila a noite no estádio Nilson Nelson, onde os integrantes do MLST ficaram detidos depois de manifestação na Câmara dos Deputados.

Serra afirmou que houve premeditação dos atos. "Nós temos informações de que esses atos foram premeditados", disse. Segundo ele, houve, inclusive, exibição de imagens "ensinando como fazer" e na segunda-feira houve uma reunião em Brasília para preparar a manifestação.

O secretário de Segurança do Distrito Federal, general Athos Costa, parabenizou a ação da polícia e disse que o Complexo Penitenciário da Papuda, presídio de Brasília, já tem preparada uma ala com capacidade para 300 pessoas, para o caso de ser preciso prender os manifestantes autuados. Segundo ele, essas pessoas só não serão encaminhadas à Papuda se houver alguma decisão judicial durante a tramitação do inquérito.

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