Manifestantes bloqueiam a BR-277 em Campo Largo

Pelo menos 200 moradores de vilas localizadas em Rondinha, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, bloquearam, na tarde de ontem, por cerca de meia hora, a BR-277 sentido Campo Largo.

Os manifestantes estavam na altura do quilômetro 110 da rodovia. Eles reclamavam da CCR Rodonorte, concessionária que administra o trecho. A manifestação gerou engarrafamento de cinco quilômetros.

Segundo o vereador Nelson Silva de Souza, os moradores e empresários da região estão indignados com o fechamento de um retorno, localizado naquela região.

“Com esse fechamento os moradores precisam andar mais de quatro quilômetros sentido Campo Largo para poder fazer o retorno. Sem contar a volta”, reclamou o vereador. O retorno dava acesso a cinco bairros na região de Rondinha.

O pastor Divino Valdir da Cruz Silva, um dos responsáveis pelo movimento, conta que essa quilometragem, segundo entendimento da população, é rodada em vão. “Isso prejudica a todos. Não entendemos a razão dessa mudança, que foi feita, por sinal, sem a população ser consultada”, acusa.

Antes de bloquear a rodovia, por volta das 16h, uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF), apresentou um interdito proibitório que impedia qualquer tipo de manifestação.

“A partir disso houve uma negociação entre os manifestantes. Eles permaneceram na rodovia de forma pacifica e por tempo determinado”, conta o agente Lyer Woczikosky, da PRF. “Queremos uma resposta efetiva e que realmente traga benefícios à população, seja ela uma trincheira ou um viaduto. Por isso damos o prazo de dez dias para que a concessionária traga uma proposta plausível”, afirmou o vereador. Caso nada aconteça, os moradores prometem bloquear novamente a rodovia, mas dessa vez por tempo indeterminado.

A CCR Rodonorte informou que o retorno ficava no quilômetro 113 e foi bloqueado após um acordo entre a PRF, prefeitura de Campo Largo e Departamento de Estradas e Rodagem (DER).

A modificação aconteceu também por causa dos 90 acidentes ocorridos no local nos últimos cinco anos. O órgão ressaltou que o retorno mais próximo está há 1,6 mil metros.

Sobre a trincheira, a concessionária disse que a obra não está no contrato, o que geraria uma nova discussão. A empresa afirmou estar de portas abertas para receber a população.

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