Uma manifestação contra a presença do presidente dos Estados Unidos, George Bush, no Brasil reuniu cerca de 300 manifestantes vinculados a movimentos populares, sindicatos, ao Psol e ao PSTU, no centro de Porto Alegre, ao meio-dia de hoje.
Uma das líderes do protesto, a deputada Luciana Genro (Psol-RS), disse que a "recepção alegre" que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dará a Bush no domingo (06) é uma ofensa aos brasileiros que o elegeram.
Além de bandeiras dos movimentos que representavam, os participantes do ato exibiam faixas com frases como "Fora Bush, inimigo da humanidade" e "Bush terrorista". Um homem fantasiado exibia um cartaz com os dizeres "Collor 2, cadeia neles" e arrastava uma mala e uma cueca pelo chão. Adversárias políticas
a Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), ligada ao Psol, e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) estiveram juntas no protesto. Falando pela Conlutas, a militante Vera Guasso afirmou que o presidente dos EUA só consegue aplicar os planos no Brasil porque o País tem um "governo traidor". Enquanto os representantes da CUT diziam que a central não compactua com "assassinos terroristas", a platéia cantava o refrão "Vem para a Conlutas, trabalhador, abaixo a CUT do Marinho traidor", em referência ao ministro do Trabalho, Luiz Marinho, ex-presidente da entidade.
Depois de uma hora de discursos na Esquina Democrática (da Rua dos Andradas com a Avenida Borges de Medeiros), os ativistas caminharam oito quadras, até o prédio do Citibank, na Rua Sete de Setembro, onde atearam fogo a uma bandeira norte-americana, que, por ser de plástico, não formou chamas, derreteu.