O projeto Manejo Integrado da Biodiversidade Aquática e dos Recursos Hídricos na Amazônia (Aquabio), que vem sendo concebido desde 1999 por ambientalistas hoje ligados ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), deve começar a ser executado em março de 2006. A informação é do gerente técnico do projeto, João Paulo Viana.
Segundo ele, o Aquabio terá seis anos de duração, vai se desenvolver nas bacias do Rio Negro, no norte do Amazonas, do rio Xingu, no norte do Mato Grosso, e do rio Tocantins, no Pará, e contará com US$ 7 milhões do Fundo para o Meio Ambiente Global. "A contrapartida são US$ 10 milhões do governo brasileiro, estimados a partir das ações previstas no Plano Plurianual (PPA) para essas três regiões", disse Viana. No primeiro ano, será feito um diagnóstico detalhado das três bacias e das atividades desenvolvidas em cada município no qual será realizado o projeto. "Isso orientará as ações e investimentos dos cinco anos seguintes", informou.
O projeto terá quatro componentes, com objetivos afins: Políticas Públicas (incentivar ações governamentais adequadas ao manejo os recursos hídricos), Áreas Demonstrativas (apoiar e multiplicar experiências de sucesso no manejo desses recursos); Capacitação (fortalecer organizações da sociedade civil e qualificar profissionalmente esses atores) e Monitoramento e Avaliação (sistematizar e difundir os resultados do projeto).
A aprovação final do projeto, elaborado no ano passado, ocorreu em junho deste ano. "Começamos a idealizar o Aquabio ao mesmo tempo em que era concebido o ProVárzea. Tanto que optamos pelos rios que ficaram de fora dele: excluímos a calha do Amazonas e Solimões e pegamos apenas os tributários de águas escuras", contou.
O Projeto Manejo dos Recursos Naturais da Várzea (ProVárzea/Ibama) faz parte do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG7), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, com recursos da cooperação internacional. O projeto teve início em 2000 e atua ao longo da calha do Amazonas/Solimões.