Cebola tem duas principais apostas para o desfile: tecnologia e encenação. O abre-alas resgata a história do ensino na Grécia Antiga, com Platão e Sócrates. Diversas formas de ensino serão apresentadas, como o Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), o método de Paulo Freire, a Companhia de Jesus e sua importância na História, a formação para o Magistério no Brasil, o ensino à distância e até a disciplina para o aprendizado das artes marciais. Cebola adianta que os integrantes da bateria estarão fantasiados de Confúcio, representando a educação chinesa. Difícil será transformar a modelo Viviane Araújo, rainha de bateria, em uma gueixa.
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Alegoria da ala dos “formandos”. |
Um tema tão relevante não poderia deixar de ter um enfoque político. A ferramenta para a crítica será o estudante e seu papel na sociedade, como no processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992. Outro momento emocionante deve ser a entrada do carro que vai remeter à ditadura militar de 1964.
Atores vão fazer da avenida um teatro para representar um confronto entre policiais e estudantes. Para tratar da importância da tecnologia na educação, Cebola vai usar dois telões de alta definição, de 4 metros de altura por 9 metros de comprimento, e um computador gigante conectado à internet.
No último carro, a homenagem ficará para os ensinamentos transmitidos pelos mestres baluartes do carnaval paulistano, como Eduardo Basílio, da Rosas de Ouro, Dona Norma e Seu Nenê. “Eles foram fundamentais na história da Mancha e nos ensinaram a criar nossa identidade”, explica Cebola.
A Mancha Verde será a quarta escola a entrar na avenida no primeiro dia de desfiles, por volta das 2h30. A Mancha está no Grupo Especial do Carnaval de São Paulo desde 2005 e foi campeã entre escolas de samba desportivas em 2006 e 2007. No ano passado, falou sobre Pernambuco e ficou em décimo lugar na classificação geral. Este ano, a agremiação investiu R$ 1,7 milhão no desfile.