O ex-prefeito Paulo Maluf (PP), por meio do escritório político, acusou, nesta quinta-feira, em nota o delegado Protógenes Queiroz de ter subornado o doleiro Vivaldo Alves, mais conhecido como "Birigüi", com a promessa de livrá-lo da condenação com a delação premiada.
Maluf comentou a escuta telefônica de posse da Justiça Federal, na qual Birigüi revela a um amigo, também doleiro, que teria sido pressionado pela Polícia Federal (PF) a incriminá-lo no depoimento que prestou.
"O delegado Protógenes Queiroz subornou o doleiro Vivaldo Alves com a promessa de livrá-lo de ser condenado, através dos benefícios da chamada delação premiada, desde que ele mentisse e incriminasse Paulo e Flávio Maluf", diz o comunicado.
"O próprio doleiro conta ao amigo, na gravação, que o delegado disse que ele poderia continuar exercendo a sua atividade criminosa que ninguém iria lhe perturbar", complementou.
O ex-prefeito de São Paulo, no texto, comparou a conduta do PF, por meio de Queiroz, com a da Gestapo, a polícia política do governo nazista do ditador Adolf Hitler. "O comportamento do delegado da Polícia Federal, Protógenes Queiroz, apoiado por um procurador da República, é criminoso e compromete a Polícia Federal como um todo, tentando transformá-la numa Gestapo, como a que havia no nazismo de Adolf Hitler na Alemanha."
A nota destacou trechos da gravação nos quais Birigüi relata ao amigo que teria de prestar um novo testemunho à PF "porque algumas das transações financeiras não fechavam".
Ainda segundo o comunicado, o doleiro também admitiu ter tentado chantagear Paulo e Flávio Maluf e considerou "burra" a atitude deles de não terem concordado com a chantagem.
Por fim, o texto ressaltou a disposição de Paulo e Flávio Maluf, que compareceram, "quando convocados, a qualquer repartição da polícia e da Justiça, para prestar quaisquer esclarecimentos e se defenderem das falsas acusações que são feitas contra eles, para provar a sua inocência".