Mais petróleo

Com o preço do barril de petróleo rondando a casa dos US$ 60 no mercado internacional, a Petrobras fez a comunicação pública de mais uma descoberta notável: um novo campo petrolífero na Bacia de Campos, no litoral do Estado do Rio de Janeiro, onde a estatal já vem explorando petróleo e gás natural em águas profundas.

O novo manancial está localizado no campo Papa-Terra, em área concedida à exploração e desenvolvimento a cargo da Petrobras (62,5%), sendo o restante contratado pela subsidiária brasileira da Chevron (37,5%).

De acordo com informações iniciais liberadas pela empresa, o novo campo petrolífero, que começará a produzir comercialmente em 2011, apresenta o potencial recuperável estimado entre 700 milhões e 1 bilhão de barris de óleo.

O antigo Bloco BC-20 está situado cerca de 100 quilômetros da costa fluminense, na área do município de Campos, na região Norte do Estado, revelando a presença de óleo a 1,2 mil metros abaixo da superfície da água. A descoberta é mais uma evidência da grande experiência da Petrobras na localização de jazidas de combustíveis fósseis no fundo do mar.

Conjugada com o anúncio da obtenção de auto-suficiência na produção de petróleo em 2006, a notícia da descoberta do novo poço na Bacia de Campos, a mais produtiva do País, transmite ao mercado brasileiro a garantia da oferta de petróleo e derivados num horizonte bastante largo.

A estatal também trabalha com intensidade na área do gás natural veicular (GNV), explorando as jazidas brasileiras e pesquisando novas, bem assim como participa com destaque no complexo de gás natural da Bolívia.

Na condição de maior empresa multinacional do setor atuando em território boliviano, a Petrobras está preparada para ampliar as conversações com o governo, especialmente após a posse do presidente Evo Morales, que reiteradas vezes declarou a intenção de nacionalizar a comercialização do gás, maior riqueza natural do país.

Os prognósticos indicam a possibilidade de perfeito entendimento entre Bolívia e Brasil na questão do gás, tendo em vista a empatia existente entre ambos os presidentes. Entrementes, por se tratar de questão diplomática que interessa de perto às duas economias, mas suscetível a circunstâncias inesperadas, é preciso cruzar os dedos e torcer para o bom entendimento.

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