Os ataques e explosões mataram nesta terça-feira (30) no Iraque mais de 50 peregrinos, que celebravam o último dia da Ashura, cerimônia mais importante do calendário xiita. A violência contra os fiéis aconteceu mesmo sob um forte esquema de segurança das forças iraquianas, que foi montado em todo o país já que atentados costumam ser freqüentes na época da Ashura. Em 2005, 55 xiitas foram mortos e no ano anterior, houve 181 vítimas.
O pior atentado ocorreu na localidade de Balad Ruz, próxima à fronteira com o Irã, quando um homem-bomba se explodiu na entrada de uma mesquita, matando 26 fiéis e ferindo outros 47. A 80 quilômetros dali, em Khanaqin, uma bomba foi detonada em uma estrada onde os peregrinos xiitas caminhavam, matando 13 pessoas.
Os bairros xiitas de Bagdá também não ficaram livres dos ataques sunitas. Em Bayaa, um grupo armado atirou contra uma van a caminho de uma mesquita e matou sete xiitas. Outros atentados deixaram mais pelo menos cinco mortos na cidade. O conflito sectário que vêm atingindo o país cada vez com mais violência vem fazendo muitos especialistas afirmarem que o Iraque vive hoje sob uma guerra civil.