Mais de 1.000 candidatos são barrados nos TREs

Somados os primeiros resultados, de dez tribunais eleitorais do País, passava de mil, até ontem à noite, o total de candidatos impedidos de concorrer às eleições de outubro. Em nove Estados, as fichas rejeitadas pelos TREs chegavam a 785 – às quais se somava um número ainda indefinido no Rio de Janeiro, que sabidamente já era superior a 200. O número ultrapassa os mil se somados os candidatos que desistiram do registro no andamento dos trabalhos. Só no Ceará esse número chegou a 40. Todos eles podem recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

São Paulo lidera a lista dos 785 vetos, com 425 fichas indeferidas. Atrás vem o Rio de Janeiro – o número final deve sair hoje -, seguido do Maranhão, que vetou 123 pedidos. Vêm em seguida Minas Gerais com 122 impugnados, a Bahia com 62, o Ceará com 25 nomes, o Rio Grande do Norte com 24 e o Espírito Santo com 3. No Paraná, que ainda não havia feito seu balanço, o TRE aceitou um pedido do PMDB , que pediu a impugnação do registro do deputado José Borba. Um dos nomes, na Bahia, é o do cantor Juca Chaves.

O corte paulista representa 14,3% dos 2.970 pedidos de registro. Na maioria dos casos, o problema foi a falta de documentos. O tribunal não se apegou à questão da moralidade – como fez o do Rio – para julgar os processos de candidatura, mas adotou uma nova metodologia, com maior rigor na análise da quitação de multas eleitorais, das certidões criminais e da prestação de contas de campanhas anteriores.

No Rio, o TRE não divulgou ainda o total de impugnações porque faltava revisar problemas burocráticos – um desses casos é o do ex-secretário nacional de Segurança Pública Luiz Eduardo Soares (PPS). Entre os que perderam, temporariamente, o direito de concorrer, estão deputados envolvidos com a máfia dos sanguessugas: Paulo Baltazar (PSB), Elaine Costa (PTB), Fernando Gonçalves (PTB) e Reinaldo Gripp (PL). O presidente do Vasco da Gama, Eurico Miranda (PP), teve o pedido indeferido por responder a processos criminais na Justiça. No Espírito Santo, o Ministério Público havia pedido a impugnação de oito registros, mas apenas três foram recusados. Um deles, o deputado federal Nilton Baiano (PP), excluído do grupo de 72 parlamentares da CPI dos Sanguessugas.

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