Mais 10 pessoas morrem em ataques no Iraque

Pelo menos dez pessoas morreram e muitas outras ficaram feridas em novos ataques hoje em Bagdá e no norte do Iraque, informaram fontes policiais. Das dez mortes de hoje, quatro ocorreram na explosão de três carros-bomba nos bairros de Zayuna e Karrada, no leste da capital iraquiana, onde também três civis ficaram feridos.

Em Baquba, cerca de 65 quilômetros ao nordeste de Bagdá, um policial morreu e mais dez ficaram feridos na explosão de uma bomba na passagem do veículo no qual viajavam. Além disso, dois civis iraquianos morreram e três ficaram feridos em Mossul, cerca de 400 quilômetros ao norte de Bagdá, quando um grupo de soldados americanos disparou de forma indiscriminada após ser alvo de um ataque de supostos insurgentes, disseram as fontes policiais. Mais três pessoas morreram em episódios de violência ocorridos hoje em outras partes do Iraque.

Enquanto isso, os moradores de bairros xiitas devastados por explosões ocorridas ontem reviravam os escombros de casas e edifícios em busca de entes queridos e pertences pessoais. De acordo com os números oficiais, pelo menos 47 pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas. Os iraquianos atribuíram as explosões a bombas e foguetes; o Exército dos Estados Unidos insistia na versão de vazamento de gás. Enquanto isso, um grupo extremista sunita assumiu a autoria das explosões.

De acordo com autoridades locais, as explosões foram provocadas por dois carros-bomba e por nove foguetes disparados a partir de Dora, um distrito sunita de Bagdá.

O general americano William Caldwell alegou que especialistas militares foram enviados pelo Exército dos EUA aos locais atacados e não encontraram "nenhuma evidência" e não restava alternativa a não ser acreditar em "uma grande explosão de gás".

"Se de fato tivesse ocorrido um ataque, haveria um buraco no chão ou resíduos de um foguete Katiusha", disse o general americano sem entrar em detalhes.

As explosões de ontem ocorreram em um intervalo de poucos minutos de diferença. De acordo com o primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, o ataque começou um salvo de foguetes Katiusha seguido pela explosão de um carro-bomba. A seguir, mais foguetes teriam sido disparados e uma motocicleta-bomba teria explodido perto de uma biblioteca

Em meio às opiniões divergentes sobre a origem das explosões, o grupo extremista sunita Soldados Al-Sahaba assumiu a autoria das explosões em um mensagem publicada hoje na internet.

De acordo com o texto, o grupo alegou que seus militantes explodiram dois carros-bomba e dispararam cápsulas de morteiro, matando "mais de 50 xiitas mal-intencionados". A declaração dizia aos xiitas que parassem de "matar sunitas desarmados e de apoiarem os cruzados", em referência aos americanos. "Caso contrário, esperem por operações que arrasarão seus bairros, se Deus quiser.

O grupo assumiu a responsabilidade por um atentado similar perpetrado em 27 de julho contra o bairro xiita de Karradah. A ação provocou a morte de 31 pessoas. As explosões de ontem ocorreram em meio a um período de intensa violência sectária que persiste apesar do deslocamento de mais 12.000 soldados americanos e iraquianos para garantir a segurança em Bagdá.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo