A humanidade está mais pessimista em relação à segurança e à prosperidade econômica, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Fórum Econômico Mundial e realizada pelo Gallup International com 55 mil pessoas em 60 países, representativas de uma população de 1,5 bilhão.
Uma parcela de 48% dos entrevistados acha que a próxima geração viverá num mundo um pouco mais inseguro ou muito mais inseguro, o que se compara com apenas 26% que consideram que a próxima geração vai viver num mundo um pouco mais seguro ou muito mais seguro. Outros 20% acham que o nível de segurança permanecerá o mesmo. É o quarto ano seguido em que a pesquisa é realizada.
O Fórum Econômico Mundial é a organização responsável pelos encontros anuais em Davos, na Suíça – o próximo começa no dia 25 de janeiro -, nos quais lideranças do mundo político, empresarial, intelectual e religioso se reúnem para uma maratona de debates.
Na Europa ocidental, a região mais pessimista, 68% acham que o mundo será menos seguro, ante apenas 10% que pensam o contrário. As Américas são a segunda região em pessimismo, com 59% prevendo mais insegurança, e 15% apostando num mundo mais seguro.
Entre os norte-americanos, aqueles números são de, respectivamente, 64% e 11%. No Iraque, a proporção dos que previam um mundo mais seguro para a próxima geração caiu de 61% em 2005 para 36% em 2006.
Em termos de prosperidade econômica, 40% de todos os entrevistados previram que a próxima geração viverá em um mundo mais rico, comparado a 31% que previram um mundo mais pobre. A Europa ocidental é de novo a região mais pessimista, com apenas 19% prevendo um mundo mais próspero, e 53%, o contrário.
Nos Estados Unidos, 26% crêem em mais prosperidade para a próxima geração e 37%, em menos. O otimismo econômico na Ásia é bem maior, com 53% prevendo um mundo mais próspero, número que chega a 86% nas seis cidades chinesas incluídas na pesquisa.
A pesquisa mostrou também que os cidadãos do mundo preferem os líderes empresariais aos políticos, considerando que os primeiros são mais competentes, éticos e honestos. Uma parcela de 81% dos africanos considera seus líderes políticos desonestos número que atinge 90% na Bolívia, 89% no Peru e Equador, 80% na Venezuela e 63% na Argentina.
Na Europa, esse número é de 60%, e nos EUA, de 52%. As duas principais prioridades dos políticos, segundo os entrevistados, deveriam ser eliminar a pobreza e reduzir as guerras.