A escola não tem mais como fugir da tecnologia, da internet e das redes sociais. Precisa incorporar estas ferramentas no processo de aprendizagem. Elas permitem maior interatividade entre professor e aluno e até entre os próprios estudantes, com a discussão de matérias e das dúvidas que surgem pelo caminho. Tecnologia ajuda, mas deve ser pensada. Não adianta apenas dar o netbook, o tablet ou permitir o uso do computador no laboratório de informática. O conteúdo deve ser o principal ator neste processo.
“Não tem como voltar atrás. Temos os nativos digitais. Para quem nasce hoje, a tecnologia é o cotidiano. Era inovador para quem tem idade a mais. Só que não basta ter tecnologia. Tem que saber usar”, comenta Elizete Lúcia Moreira Matos, professora do Mestrado e Doutorado em Educação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
Para a professora, a tecnologia pode ser uma ferramenta a mais. Não dá para esquecer o livro, a pesquisa, a escrita. Esta metodologia, que rompe os muros da escola, não deixa mais o aluno como um ser que apenas absorve informação. Passa a se constituir em um processo de aprendizagem colaborativa e participativa, incluindo o fato do professor “descer do pedestal” e se juntar com o aluno nas atividades.
Este é um dos maiores benefícios quanto ao uso da tecnologia. Uma escola que usa a lousa digital, por exemplo, verifica que o tempo que era gasto passando a matéria no quadro negro acaba sendo usado para tirar a dúvida do aluno. “O maior ganho é este acompanhamento individual. O professor já vê onde o aluno tem dificuldade”, opina Suzana Muller, professora do 2º ano do Ensino Fundamental da Escola Atuação, sede Boqueirão. A ferramenta permitiu diversificar bastante as atividades, com uma maior interação, a partir do acesso a internet e a vantagem de mostrar materiais paralelos ao que está sendo falado na sala.
