O lateral-direito Maicon, que conquistou a tríplice coroa com o Inter de Milão (Liga dos Campeões, Copa da Itália e Campeonato Italiano), espera que a Copa do Mundo só venha a melhorar o que está bom e nenhum momento o acorde do sonho.
“Estou em um momento maravilhoso e não quero que ele acabe”, disse, dias atrás, em Johannesburgo.
Maicon Douglas Sisenando nasceu há 28 anos no Rio Grande do Sul e começou com pé direito este Mundial. Outra vez se destacou em um jogo da seleção brasileira, que na terça-feira estreou com 2 a 1 sobre a Coreia do Norte, com gols dele e de Elano.
Diante do pouco brilho da grande estrela que é Kaká, o gaúcho abriu, mesmo sem ângulo, o placar aos 55 minutos de jogo, em que a seleção pentacampeã sofreu para furar a defesa norte-coreana.
Foi a primeira vez desde a Copa no México (1986) que um lateral-direito fez gol em Copas. Além disso, os lançamentos dele são hoje uma das armas mais importantes da seleção brasileira.
“No geral, todos os jogadores foram bem, mas logicamente Maicon se destacou pelo gol e pelas jogadas que fez”, disse Dunga na coletiva depois da estreia.
Os pontos fortes de Maicon são a marcação forte e a grande velocidade, fora as condições de atuar tanto no ataque como na defesa, o que certamente amplia as opções de Dunga em jogos contra adversários complicados, como foi o caso da Coreia do Norte.
Depois do sonho de conseguir uma vaga entre os 23 jogadores da seleção, ele chegou com outro à África do Sul: ajudar a seleção a conquistar o hexacampeonato, independentemente de como for. “Jogando bonito ou feio, o importante é chegar à final e erguer a taça”, afirmou, no início deste mês.
Graças ao desempenho e à disposição, Maicon hoje está na mira dos principais clubes europeus e já tem status de titular.
A carreira começou em 2001, no Cruzeiro, dois antes de chegar à seleção. Em 2004 foi para o Mônaco, depois de boas temporadas.
Apesar do bom trabalho na Europa e de ter sido campeão da Copa América em 2005, não foi para a Alemanha em 2006. Voltou para a seleção assim que Dunga a assumiu, em julho de 2006, diante das reticências de torcedores e jornalistas.
Nesse mesmo ano fechou com o Inter por cinco anos e ficou com o lugar do argentino Javier Zanetti.
O valor no mercado disparou, principalmente depois da Liga dos Campeões que conquistou ao lado do zagueiro Lúcio e do goleiro Julio César, em um defesa considerada entre as melhores do mundo.
O Real Madrid, a pedido do técnico português José Mourinho, ofereceu 25 milhões de euros, mas o Inter pede 10 milhões a mais.
“É um momento que vivo intensamente, o mais importante da minha carreira, e quero aproveitar o máximo possível”, afirmou.
