Brasília – O líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), rebateu hoje a ameaça feita pelo presidente da Fundação dos Economiários Federais (Funcef), Guilherme Lacerda, de entrar com uma representação contra o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA).
"O presidente da Funcef não precisa ficar preocupado em entrar com representação contra o deputado Neto porque, em breve ele estará sentadinho na cadeira da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Correios para depor como investigado", afirmou.
A intenção de Lacerda é responsabilizá-lo pelos supostos danos provocados à imagem do Funcef pelo relatório divulgado na semana passada sobre virtuais perdas da Fundação dos Ecoomiários e de outras entidades de empresas estatais em operações com corretoras envolvidas nas investigações sobre o chamado "valerioduto".
Maia acusou o presidente da Funcef de desrespeitar ACM Neto o partido e a CPI, ao criticar os termos do parecer divulgado na semana passada. "Os parlamentares da CPI dos Correios estão fazendo um trabalho de sério de investigação", disse.
A demonstração desta seriedade, segundo o líder do PFL na Câmara, é que as investigações sobre a atuação dos fundos de pensão atingiram períodos anteriores ao atual governo.
Para Maia, foi Lacerda quem politizou a gestão da Funcef. "Ele vivia andando com a estrelinha do PT", afirmou. O líder do PFL ainda provocou o presidente da fundação.
"Ele fique tranqüilo que a CPI dos Correios lhe garantirá todos os direitos de defesa, como deu ao Delúbio Soares (ex-secretário nacional de Finanças e Planejamento do PT), colega de partido dele", disse.
Maia ressaltou, ao mesmo tempo, que os trabalhos de apuração sobre a atuação dos fundos ainda não foram concluídos. "As investigações ainda estão em andamento", disse.
O líder também queixou-se por Lacerda ter levantado dúvidas sobre as atividades da empresa Ernest Young no serviço de assessoria aos parlamentares da comissão. "A Ernest Young é uma empresa séria", afirmou.
