A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) considerou inaceitável a suposta tentativa da Polícia Federal de constranger o ministro do Superior Tribunal Federal Gilmar Ferreira Mendes, com elementos do processo judicial da Operação Navalha – que denunciou um esquema de fraude em licitações de obras públicas. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (24) em nota assinada pelo presidente da AMB, Rodrigo Collaço.
Para a associação, que conta com cerca de 14 mil juízes, a PF é "polícia Judiciária" e não pode efetuar prisões sem decisão judicial fundamentada. A AMB defendeu que o "combate sem tréguas à corrupção" não deve servir de fundamento para a PF agir conforme as leis, além de repudiar qualquer ato de constrangimento aos magistrados brasileiros.
A entidade finaliza o comunicado reafirmando que o combate de crimes não pode ser feito com outros crimes. "Caso contrário, será implantado no Brasil uma espécie de "vale-tudo" institucional", traz a nota.