Acaba nesta quarta-feira, às 21 horas, o prazo da prisão temporária de cinco dias decretada pela juíza Antônia Brasilina de Paula Farah ao árbitro Edílson Pereira de Carvalho e ao empresário e chefe da quadrilha que fazia apostas em jogos de futebol fraudados, Nagib Fayad, o Gibão. Ambos podem ser soltos sob o argumento de que estão colaborando com as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público. Eles aderiram ao benefício da delação premiada, previsto em lei.

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Edílson só permaneceria na carceragem da Polícia Federal onde está desde sábado sem receber visitas, caso os promotores do Gaeco, Roberto Porto e José Reinaldo Guimarães Carneiro, e o delegado Protógenes Queiroz, da Polícia Federal, entenderem tal necessidade e pedirem ainda nesta quarta a prorrogação da prisão por mais cinco dias ? determinação também prevista em lei. Não há indícios de que isso aconteça e o mais provável é que o árbitro responda ao indiciamento em liberdade. A decisão, no entanto, só será anunciada nesta quarta. "Ainda não decidimos sobre isso", disse José Reinaldo Guimarães Carneiro.

Uma das preocupações dos promotores nessa fase das apurações é não perder o foco das investigações: as fraudes de Edílson no futebol brasileiro. Porto e Carneiro estão seguros de ter desmantelado a quadrilha que fazia apostas milionárias em sites de jogatinas com resultados armados. Também estão seguros de que Edílson Pereira de Carvalho é culpado. Ele será acusado de crime contra a economia popular, estelionato, falsificação ideológica e formação de quadrilha. Enquanto isso, continua colaborando com as investigações. "Temos certeza de que a quadrilha da ‘máfia do apito’ não está mais atuando. Ela foi quebrada na sua espinha dorsal. Sou torcedor de futebol e aconselho que os torcedores continuem indo aos estádios", disse Carneiro.

O Gaeco e a PF seguem em silêncio sobre novos nomes. "O fato existe e isso independe se uma ou sete pessoas faziam as fraudes. Não queremos nos antecipar. Tudo será revelado no seu devido tempo."

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