"O crime do meu filho teve um mandante. Alguém deu as coordenadas pra ele. Tem mais alguém metido nisso", afirma, categórica, Teresa Cirino, 56 anos, mãe de Luís Eduardo Cirino – o homem que invadiu a casa da Rua Cayowaá, na sexta-feira, e matou a facadas o casal Sebastião Estevão Tavares, 71, e Hilda Gonçalves, 67.
Teresa não absolve o filho do assassinato do casal. Ela sabe que o que ele fez foi hediondo. Ainda assim, a mulher não acredita que Cirino seja o único envolvido. "Ele tem ‘proceder’. Não é cagüeta. Se ele falar tudo, pode complicar pra ele. Meu filho não é cagüeta…nem eu.
A certeza de Teresa não está baseada apenas no seu amor de mãe, mas em uma seqüência de fatos que precederam o crime. Ela não consegue entender, por exemplo, como o filho poderia saber a posição dos alarmes e o horário em que Hilda apareceria na porta. "Meu filho nunca esteve lá. Não conhecia ninguém naquela família. Não poderia saber desses detalhes", diz.
