A licitação pública para a construção da hidrelétrica Santo Antônio, no Rio Madeira, norte de Rondônia, está marcada para o próximo dia 10 de dezembro e promete lances inesperados.
Pode ser mera coincidência, mas a atenção de investidores ibéricos está mesmo concentrada no Brasil. Tanto que o grupo espanhol Endesa, uma das maiores companhias do setor de eletricidade na União Européia, negociava celeremente sua participação no consórcio organizado pela Camargo Corrêa.
A nota curiosa é que a empreiteira brasileira já havia selado parceria com a CPFL Energia, empresa da qual o grupo construtor é um dos principais acionistas. O acordo para atrair a Endesa deveria ter sido fechado até quinta-feira, 22, prazo estipulado pelo edital para a formação dos consórcios que pretendem disputar a obra.
Dessa forma, os três componentes partilhariam as responsabilidades dentro dos 51% que cabem à iniciativa privada. Os 49% restantes ficarão com a Chesf, integrante do sistema estatal Eletrobrás.
A usina Santo Antônio envolve recursos da ordem de R$ 9 bilhões e está prevista para entrar em operação comercial o mais tardar no início de 2013. Três outros consórcios estão interessados na licitação: Odebrecht/Furnas, Suez/Eletrosul e Alusa-Sachin/Eletronorte.