"O Brasil está com um governo provisório. Os ministros não sabem se vão ficar ou se vão sair. Acho que o Brasil está vivendo o problema da teoria inercial, a composição dos ministérios está nessa linha, o governo deixa para as coisas se resolverem lá na frente", disse o deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP), que participou nesta terça-feira (13) do comitê estratégico de Diretores Financeiros da Câmara Americana de Comércio (Amcham-São Paulo).
O deputado tucano comentou que existem dois projetos do executivo que são relevantes ao País e que precisam ser votados no Congresso: o projeto de lei do Gás e o que cria a lei Geral das Agências Reguladoras. "No caso dos marcos regulatórios do gás, o projeto ainda está sendo desenhado pelo governo, aguardamos definição", comentou.
Ainda de acordo com Madeira, o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro não crescerá 5% sem que o governo defina a regulamentação de vários setores. "Parece que o governo está regredindo, ao fortalecer e colocar o Estado no eixo central. Investimentos privados só virão com marcos regulatórios", disse.
Arnaldo Madeira ressaltou existe um grupo de trabalho na Câmara dos Deputados para definir até maio quais projetos de Reforma Política serão apreciados. "Mas se nós não votarmos até o final do primeiro semestre, acho difícil fazer alguma reforma política até o fim deste governo. O país cairá na teoria inercial, tudo ficará como está", conclui.
