Vanderlei Luxemburgo não esconde mais que espera ser o escolhido de Ricardo Teixeira para assumir a Seleção Brasileira, em substituição a Carlos Alberto Parreira, que deixou o cargo na semana passada. Após o treino do Santos, ontem cedo, no Centro de Treinamento Rei Pelé, o técnico, que não dava entrevista desde a derrota do Santos diante do São Caetano, domingo passado negou, em coletiva, que tenha recebido convite da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para ser o novo técnico a Seleção Brasileira, mas deu a entender que espera que isso aconteça nas próximas horas.

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"Sou amigo de Ricardo Teixeira e se for convocado, vou discutir no momento. Mas até agora, meu contato com a CBF é zero". Como já era de se esperar, Luxemburgo se queixou de parte da imprensa sem citar nomes ou veículos. "Estou respondendo a alguns processos e como todo cidadão, tenho o direito de me defender. Alguns patrulheiros que me atacam têm mais problemas do que eu".

Luxemburgo foi mandado embora da Seleção em 2001 mais pela série de denúncias que pipocavam contra ele na CPI do Futebol, no Senado Federal, do que pelo fracasso na Olimpíada de Sydney, em 2000, quando abriu mão do direito de levar três jogadores com idade superior a 23 anos. Em junho de 2003, ele foi condenado a cinco anos de reclusão semi-aberta pela juíza Valéria Caldi Magalhães, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, de 2003, e recorreu da decisão. Como Ricardo Teixeira voltou a ser alvo de denúncias, talvez não queira levar Luxemburgo para a Seleção, com receio que assuntos que parecem esquecidos, voltem à tona.

"As pessoas falam muita bobagem. Dizem que carrego processos, mas o que eu tenho para oferecer à Seleção é um caminhão de títulos. Hoje estou melhor preparado. Depois que me puseram para fora da Seleção, ganhei cinco títulos (três pelo Cruzeiro-MG, em 2003, um Brasileiro, em 2004, e um Paulista, 2006, pelo Santos)" lembrou o técnico.

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Preocupado com possíveis repercussões negativas, Luxemburgo repetiu que tem contrato com o Santos até dezembro de 2007, com pesada multa em caso de rompimento unilateral do compromisso, mesmo que seja para ele assumir a Seleção Brasileira. "No momento quero trabalhar e conduzir o projeto de recondução do Santos à Copa Libertadores da América", encerrou o técnico.