Luta por manter Paraná como área livre de transgênico ganha apoio

A política do Governo do Paraná de manter o Estado como área livre de transgênicos e de determinar que o Porto de Paranaguá exporte apenas soja convencional pura ganhou o apoio do Movimento Pró-Paraná. A entidade encaminhou correspondência ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, solicitando que o território paranaense e do porto de Paranaguá sejam demarcados como áreas de plantio e escoamento.

“Essa sugestão se encontra alicerçada no fato de haver o Estado do Paraná adotado firme política de valorização da soja convencional, bem como por manter rígida e permanente ação fiscalizatória, que impede o trânsito de soja transgênica na área de embarque dos portos de Paranaguá e Antonina, o que habilita plenamente nosso estado para a exportação de soja convencional aos mercados mundiais”, diz o documento.

Soja pura

Desde o início de seu mandato o governador Roberto Requião defende o cultivo apenas de soja convencional no Paraná e o uso do Porto de Paranaguá para escoar grãos puros, sem sementes transgênicas ou impurezas. O Governo Federal pensa em adotar essas mudanças em função do mercado europeu, que estabelece restrições ao consumo de organismos geneticamente modificados. “O que a Camex está propondo já acontece no Paraná. Restringimos o plantio de transgênicos e não embarcamos no nosso porto soja que não seja pura”, disse Requião.

A proposta do Governo Federal de demarcar áreas para cultivo de soja convencional não é novidade no Paraná e o Governo já vem sugerindo essa medida há meses. Desde o ano passado, já foram encaminhados três pedidos ao Ministério da Agricultura para a declaração do estado como área livre de transgênicos.

A proposta delimitar áreas de plantios exclusivo de soja convencional vem ganhando espaço desde que o vice-ministro alemão da Defesa do Consumidor, Matthias Berninger, disse a jornalistas brasileiros que a produção brasileira de soja convencional poderia atender a demanda alemã, desde que respeite a tendência do mercado europeu, “de utilização de produtos que não sejam modificados geneticamente”.

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